quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como Gerir a Rivalidade entre Irmãos ?

Sempre que nasce um irmão é inevitável e natural que haja rivalidade entre ambos. Têm de partilhar a casa, muitas vezes o quarto, a televisão, os brinquedos e têm de partilhar acima de tudo a atenção e o amor dos pais. Mas o que fazer para que esta rivalidade não exceda os limites saudáveis, e não comece a prejudicar as crianças?


A rivalidade é saudável quando favorece a socialização, quando tende a respeitar os outros o que conduz à solidariedade e à cooperação. Fomenta também o conhecimento dos seus próprios limites e o controlo da agressividade. Logo, a rivalidade não tem de ser negativa nem contida, ela pode ser um meio de aquisição de competências sociais, uma vez que as crianças têm de mostrar as suas competências para resolver conflitos e divergências.


A intervenção dos pais para acabar com a rivalidade deve ser evitada, as crianças devem numa primeira instância tentar resolver os conflitos por elas próprias, procurarem qual a melhor solução através do diálogo mas, quando os pais são chamados a intervir deve ser no sentido da mediação, ou seja, procurar saber quais os pontos de vista de cada criança e as suas emoções, isto porque o simples ato das crianças serem ouvidas e compreendidas já acalma a situação.
 A rivalidade entre irmãos deve ser entendida como um sofrimento que a criança manifesta com o nascimento do irmão mais novo, devido à atenção dada ao novo elemento, “os meus pais já não gostam de mim”. . O ciúme entre os filhos não é mais que um pedido de atenção e carinho.



Estratégias para facilitar a relação entre irmãos:

• As crianças devem ser encorajadas a falar livremente sobre os seus sentimentos sejam eles o amor ou o ciúme, a alegria ou a tristeza.
• Estes sentimentos devem ser aceites pelos pais como naturais, dando à criança a noção de que está a ser compreendida e ajuda-a a entender a situação.
• Dar atenção a ambos os filhos, especialmente aquando do nascimento do mais novo, dar atenção ao mais velho, para que este não se sinta rejeitado e abandonado, uma vez que os cuidados e a atenção vão estar centrados no mais novo.
• Evitar a comparação e o favoritismo entre irmãos. Deve-se aceitar as diferenças entre os filhos e aceitá-los como distintos.
• Quando surge um conflito entre irmãos, não devemos  intervir, deixando-os procurar estratégias para a resolução do conflito.
• Se a rivalidade estiver a ser excessiva, deve-se intervir como mediadores, acalmando a situação.



 


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A CRIANÇA QUE GAGUEJA

O que é a gaguez?
A gaguez é a repetição ou prolongamento das sílabas ou sons
Por vezes, aquilo a que as pessoas chamam gaguez é somente uma disfluência normal. As repetições, pausas, bloqueios, bem como uma certa confusão entre o ato de "pensar e falar" são normais em todas as crianças que estão a iniciar a oralidade. Embora a gaguez, às vezes, surja de repente, é vulgar que esta se desenvolva durante um período de tempo, sobretudo entre os 2 e os 7 anos
É no jardim-de-infância e na escola primária que os professores se deparam com as disfluências normais das crianças. Estas, com a pressa de expressar os seus pensamentos e necessidades, acabam por produzir um discurso com repetições e prolongamentos que pode sugerir gaguez.
Muitas vezes a criança gagueja quando teve experiências desagradáveis, por exemplo na hora da refeição, quando é forçada a comer, quando lhe batem na boca, ou se é castigada por chupar no dedo;
Algumas crianças gaguejam apenas em determinadas circunstâncias ou quando se dirigem a certas pessoas; há as que gaguejam quando estão zangadas; quando receiam a falta de atenção do adulto para a sua conversa, tornando-se por vezes até indecisas, hesitantes no seu modo de falar.
Outras crianças procuram executar um nível acima das suas capacidades, talvez movidas pelo desejo de adquirir o discurso adulto. Falar fluentemente é muito importante na nossa sociedade e o esforço para o conseguir pode ser demasiado, principalmente se o ambiente for agravado por pais ocupados, irmãos faladores e por uma nova experiência que é a escola. O ambiente familiar pode ainda refletir uma educação muito rígida ou demasiado liberal e inconsistente, o que pode desencadear uma certa insegurança, que se refletirá no discurso da criança.


Existem algumas formas positivas de reagir face a esta etapa, tornando-se  importante que o adulto não mostre demasiado interesse ou ansiedade sobre o discurso da criança. Deve-lhe ser dado todo o tempo necessário para que fale, sem que nesse período seja interrompida. A criança não deve ser chamada à atenção para a palavra que pronunciou mal, nem deve ser ridicularizada ou castigada, pois os castigos, as recriminações, as demonstrações de ansiedade e inquietação agravam este problema.
Devemos estar atentos a todas estas situações e criar um ambiente que deixe a criança o mais à vontade possível. Dar-lhe atenção e carinho é o melhor tratamento que o adulto lhe pode oferecer
Se a gaguez ocorre, ou se prolonga numa idade mais avançada, então deve-se consultar o médico.


         Sinais de aviso para a gaguez
·         Tensão e esforço na produção de fala    
·          Repetição ou prolongamento de sons ou sílaba
·          Tremores incontrolados dos lábios ou língua
·          Acompanhamento da fala com caretas ou tiques, respiração descontrolada; etc.




domingo, 11 de setembro de 2011

Compreendendo A Criança…

Atividades diversas no Jardim de Infancia
1.    O desenho é uma atividade espontânea na criança.
2.    Desenhar é tão natural como tagarelar, cantar, ou assobiar.
3.    A criança desenha simplesmente porque tem vontade de desenhar.
4.    O Jardim-de-infância não é um curso primário ou básico em miniatura.
5.    Um bom brinquedo deve ser isento de perigos, simples, fácil de limpar, durável.
6.    Uma tesoura (sem ponta) é um dos brinquedos que mais agrada a uma criança de 3 ou 4 anos.
7.    É necessário saber ser criança, para poder brincar com as crianças.
8.    O educador deve aproveitar todos os momentos para educar a linguagem e ampliar a experiência e vocabulário infantis.
9.    Todas as oportunidades devem ser utilizadas para a iniciação da  matemática.
10.  Deve-se preferir as atividades criadoras ao invés das dirigidas.
11.  Por mais simples que seja uma tarefa, as comparações em relação ao desempenho individual, ou coletivo, devem ser substituídas por orientações que enfatizem o aperfeiçoamento.
12.  Não há mal algum que os meninos brinquem com as bonecas, assim como fazem as meninas.
13.  Os modernos pedagogos afirmam: "Se a menina cresce para ser mãe, o rapaz não virá um dia a ser pai?"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um mal que também afecta os mais novos...

Fatores externos e internos podem gerar stress na criança, prejudicando o seu desenvolvimento. Pais e educadores devem estar atentos!

Um mundo cada vez mais exigente e globalizado tem colaborado significativamente para que o stress deixe de ser um mal dos adultos e afete um cada vez maior número de crianças. Pais ausentes por excesso de trabalho, maior exigência intelectual, a obsessão pelo exercício físico e os próprios relacionamentos pessoais, dificultados pelo uso excessivo dos computadores e televisões, são motivos mais do que suficientes para causarem stress até nos mais pequeninos.

Segundo M. Lipp, especialista em stress infantil, o stress é “um conjunto de reações que temos quando algo acontece que nos amedronta, nos irrita, excita ou nos faça extremamente felizes”. Provocado pelas diversas reações orgânicas que são desencadeadas ao mesmo tempo quando nos sentimos ameaçados, real ou imaginariamente, o stress é necessário ao organismo, pois auxilia o desempenho das funções orgânicas e psíquicas como o crescimento, a cicatrização ou a criatividade.
As crianças são seres extremamente sensíveis. Encontrando-se numa fase de estruturação física e emocional estão muito mais vulneráveis a palavras, gestos e atitudes, venham eles dos adultos ou mesmo das outras crianças. Cuidar para que os miúdos tenham tranquilidade, em todos aos aspetos, é obrigação dos adultos...
Afinal, serão estas crianças bem formadas - moral, emocional e fisicamente - os pais, professores e líderes futuros. Será nas mãos delas que estará também o seu futuro! Pensemos nisto.

Atenção aos sinais
Para compreender e ajudar a resolver estes conflitos emocionais e desequilíbrios físicos provocados pelo  stress, é fundamental que pais e educadores estejam atentos a alterações de comportamento da criança! Segundo os especialistas em stress infantil, os sintomas em crianças podem ocorrer ao nível físico, psicológico, ou em ambos.

SINTOMAS FÍSICOS MAIS FREQUENTES:
- Dores de barriga
- Dores de cabeça
- Náuseas
- Hiperactividade
- Enurese nocturna
- Gaguez
- Tensão muscular
- Ranger dos dentes
- Dificuldade para respirar
- Distúrbios do sono
- Obesidade.

SINTOMAS PSICOLÓGICOS:
- Ansiedade
- Terrores nocturnos
- Pesadelos
- Dificuldades nas relações interpessoais
- Desânimo
- Insegurança
- Agressividade

- Choro em demasia
- Tristeza
- Birra
- Medo excessivo
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