terça-feira, 18 de outubro de 2011

A contribuição da musica para o desenvolvimento infantil



A música é um meio de expressão de ideias e sentimentos mas também uma forma de linguagem muito apreciada pelas pessoas. Desde muito cedo, a música adquire grande importância na vida de uma criança.
Em condições normais, os órgãos responsáveis pela audição começam a  desenvolver-se  no período de gestação e somente por volta dos onze anos de idade é que o sistema funcional auditivo fica completamente maduro, por isso a estimulação auditiva na infância tem um papel fundamental. Sabe-se que os bebés reagem a sons dentro do útero materno e que a música, desde que apropriadamente escolhida, pode acalmar os recém-nascidos.
Pode-se assim realçar a  importância não apenas da música tocada através de um aparelho, mas também o contacto estabelecido entre a mãe e o bebé. Assim, cantar, murmurar ou assobiar, fornecem elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entoação, contacto de olho e contacto corporal, que serão importantes para a evolução do bebé no sentido auditivo, lingüístico, emocional e cognitivo.
Isso ocorre também durante todo o desenvolvimento infantil, pois através da música e suas características peculiares, tais como ritmos variados e estrutura de texto diferenciada, muitas vezes com utilização de rimas, a criança vai desenvolvendo aspetos da sua percepção auditiva, que serão importantes para a evolução geral da sua comunicação, favorecendo também a sua integração social.
Quando estão a cantar, as crianças trabalham a concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, principalmente porque, juntamente com o cantar, ocorre com freqüência o desejo ou a sugestão para mexer o corpo acompanhando o ritmo e criando novas formas de dança e expressão corporal.
Contudo, não se deve esperar que apenas a escola estimule a criança. Deve-se, ao contrário, oferecer à criança um leque variado de experiências musicais para que perceba diferenças entre estilos, letras, velocidades e ritmos (trabalhando assim a atenção e a discriminação auditiva) e permitir que faça escolhas e sugira repetições, o que geralmente a criança pequena faz com frequência, como forma de aprendizagem e recurso de memorização (desta forma ela estará a trabalhar a memória auditiva).
No setor linguístico percebemos a possibilidade de estimular a criança a ampliar o  seu vocabulário, uma vez que, através da música, ela  sente-se motivada a descobrir o significado de novas palavras que depois incorpora no  seu repertório.
Todos esses benefícios são estendidos não só à linguagem falada, mas também à escrita, na medida em que a  boa perceção, o bom vocabulário e conhecimento de estruturas de texto, são elementos importantes para ser bom leitor e bom escritor.
 O importante é respeitar os interesses individuais e também específicos de cada fase do desenvolvimento. Assim, crianças pequenas podem mostrar maior interesse por temas relacionados a super-heróis, seres mágicos, animais, ou assuntos como amizade, medo etc.
Finalmente, podemos dizer que ouvir música não deve ser uma atividade imposta mas sim realizada com prazer, pois somente só nesse contexto os benefícios serão obtidos de forma natural, como sempre deve ocorrer na relação entre pais e filhos.

1 comentário:

  1. O gosto pela música é natural nas crianças. Elas gostam de cantar e de ouvir música, como gostam de ouvir o ruído da água que corre da nascente ou o canto de uma ave. A música é uma linguagem universal, completa, porque puramente intuitiva, e talvez o modo de expressão por excelência da expontaneidade

    ResponderEliminar